Promotora do meio ambiente, Révia de Luna; o diretor de limpeza pública, Miguel Gardini e o prefeito, José Maria Ferreira |
Na manhã da última terça-feira (19) a promotora do meio ambiente, Révia de Luna; o diretor de limpeza pública, Miguel Gardini e, o prefeito, José Maria Ferreira, se reuniram para falar sobre meio ambiente e resíduos ao Portal Tudo Ibiporã. A reunião se deu de forma produtiva e informal e acabou se tornando um bate-papo com várias trocas de experiências.
A promotora comentou o início do problema do lixo na cidade. “Ibiporã veio ao longo de um tempo, como a maioria dos municípios do país, acumulando um passivo ambiental até que se chegou a um limite. Em 2007 chegou ao Ministério Público local uma denúncia e nós tivemos que colocar um ponto”, relatou.
“Nós tínhamos na área de resíduos um depósito, um aterro, que naquele ano estava com o seu limite esgotado, com licença por vencer, e uma atitude tinha que ser tomada. No final de 2008, lembro-me bem, um dia antes ou no dia da diplomação do atual prefeito, nós tivemos uma conversa onde eu expus a situação, que era bastante crítica”, continuou.
Um programa de gerenciamento de resíduos foi idealizado e a prefeitura começou a fazer uso de uma assessoria ambiental. “No início de 2009 eu busquei o SAMAE solicitando um programa de gerenciamento de resíduos, foi apresentado de início um programa que não atendia aquela situação devida. Até por orientação foi contratada uma empresa de assessoria ambiental e a partir de então o município teve outro caminho. Tiveram inúmeras mudanças no município”, frisou Révia.
O prefeito José Maria também relatou as dificuldades iniciais do novo programa. “Vi que era uma tarefa difícil. Naquele momento tínhamos duas ações mais graves, que era a recuperação do serviço de saúde e o resgate da educação. Pedi à doutora Révia que nos desse um pouco de tempo, ela foi tolerante, compreensiva. Desenvolvemos um trabalho sério junto ao SAMAE, Secretaria de Meio Ambiente, Prefeitura e Ministério Público”.
A população ibiporaense vestiu a camisa e contribuiu para que a cidade pudesse se adequar. Cerca de 96% dos munícipes trouxe ao próprio lar a separação disciplinada e consciente de recicláveis, resíduos e orgânicos. “Se a população de Ibiporã não tivesse assumido o projeto, nós não teríamos condições de ter alcançado o que alcançamos”, defendeu o prefeito.
Os frutos deste trabalho vieram com uma premiação a nível nacional, o Prêmio 5 de Junho, desenvolvido pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil que visa consagrar as atitudes sustentáveis que promovem ações e debates voltados à implantação, desenvolvimento e melhorias na atuação pública responsável destinada à preservação do meio ambiente.
“Fomos agraciados como o melhor sistema de coleta e destinação final de resíduos sólidos. Nós concorremos com cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e, Ibiporã, pequenininha, 48 mil habitantes, conseguiu ganhar a nível nacional”, frisou Miguel Gardini que foi um dos responsáveis pela inscrição do SAMAE no prêmio.
Ibiporã caminha para uma correta política de gerenciamento de resíduos, mas ainda há algumas atitudes que devem ser tomadas. “Tem a área operacional, a área jurídica, enfim, são diversos seguimentos dentro deste processo. Perante o Ministério Público nós estamos encerrando este procedimento, daqui alguns dias com o Termo de Ajustamento de Conduta em que abrange todo este procedimento. Inclusive a montagem da cooperativa que o Miguel encabeçou como gestor, o encerramento do aterro, a área do DR, a questão dos resíduos da construção civil”, explicou Révia.
Ouça o bate-papo completo nos áudios abaixo, que está dividido em duas partes.
Fonte: Juciellen Ribeiro - Agência Tudo Ibiporã
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