MIGUEL GARDINI

MIGUEL GARDINI
MIGUEL GARDINI - O cidadão pode ver que a separação dos residuos dá resultado imediato para a natureza!!!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Apresentação do grupo teatral trazendo a peça que ensina às crianças a importância da coleta seletiva e reciclagem

http://www.tudoibipora.com.br/2011/hp/materia.php?mat_id=262
Fonte: Juciellen Ribeiro e Paulo Araujo - Agência Tudo Ibiporã /


A apresentação passará por todas as escolas municipais
Nesta terça-feira (16), na creche municipal Mãezinha do Céu, ocorreu a primeira apresentação do grupo teatral Pati e Cia Bonecos trazendo a peça que ensina às crianças a importância da coleta seletiva e reciclagem. A iniciativa foi da prefeitura de Ibiporã em parceria com o SAMAE e a rede de municipal de ensino. A peça foi encomendada para a cidade e visa conscientizar os mais novos sobre o lixo. Os responsáveis estão trabalhando para ensinar os mais jovens sobre o problema e criar cidadãos que entendam a gravidade do assunto. Este espetáculo passará por todas as escolas da rede municipal. 

Esta é a segunda vez que o grupo Pati e Cia Bonecos está em Ibiporã fazendo teatro de conscientização. Os artistas usam vários bonecos - animais e seres humanos – para criar um ambiente que chame a atenção dos garotos. O teatro trouxe a dona de casa que descobriu a existência de coleta seletiva em sua cidade. Envergonhada ela pede ajuda dos espectadores para definir em qual lixeira cada material deve ser depositado. Os animais aparecem representando os problemas que o excesso de lixo traz para a fauna e flora.

Esta nova estratégia de conscientização é realizada visando criar cidadãos conscientes que cobrem a divisão correto do lixo em suas casas. “Hoje, nós utilizamos as mídias para conscientizar os adultos. Agora começaremos um trabalho, a partir desta escola, de apresentação [do teatro de bonecos] que devem continuar até novembro ou dezembro, em todas as escolas municipais de ensino básico. O motivo é que as crianças assimilam mais rapidamente a informação e cobram dos pais. Quando o pai é cobrado pelo filho, ele se sente constrangido, isto acaba deixando o pai mais consciente”, comentou diretor de limpeza pública de Ibiporã, Miguel Gardini.

O resultado da ideia foi uma manhã de muita diversão para as crianças que se animaram com o teatro e ajudaram a dona de casa de boneco a coletar depositar corretamente o lixo. A expectativa é que os menores comecem a utilizar os ensinamentos recebidos no espetáculo. “Eu faço a reciclagem em casa. Pego a sacola para dividir as latinhas, caixinhas de leite, papel, garrafas de coca-cola. Eu separo certinho e não misturo o lixo”, comentou o estudante da creche, Lucas Aníbal, de cinco anos.

Ouça nos áudios ao lado as entrevistas com Miguel Gardini e Lucas Aníbal.

galeria de fotos
A apresentação passará por todas as escolas municipais

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Révia de Luna, José Maria Ferreira e Miguel Gardini batem um papo sobre meio ambiente e resíduos no município


Promotora do meio ambiente, Révia de Luna;
 o diretor de limpeza pública, Miguel Gardini e
o prefeito, José Maria Ferreira
Na manhã da última terça-feira (19) a promotora do meio ambiente, Révia de Luna; o diretor de limpeza pública, Miguel Gardini e, o prefeito, José Maria Ferreira, se reuniram para falar sobre meio ambiente e resíduos ao Portal Tudo Ibiporã. A reunião se deu de forma produtiva e informal e acabou se tornando um bate-papo com várias trocas de experiências.

A promotora comentou o início do problema do lixo na cidade. “Ibiporã veio ao longo de um tempo, como a maioria dos municípios do país, acumulando um passivo ambiental até que se chegou a um limite. Em 2007 chegou ao Ministério Público local uma denúncia e nós tivemos que colocar um ponto”, relatou.

“Nós tínhamos na área de resíduos um depósito, um aterro, que naquele ano estava com o seu limite esgotado, com licença por vencer, e uma atitude tinha que ser tomada. No final de 2008, lembro-me bem, um dia antes ou no dia da diplomação do atual prefeito, nós tivemos uma conversa onde eu expus a situação, que era bastante crítica”, continuou.

Um programa de gerenciamento de resíduos foi idealizado e a prefeitura começou a fazer uso de uma assessoria ambiental. “No início de 2009 eu busquei o SAMAE solicitando um programa de gerenciamento de resíduos, foi apresentado de início um programa que não atendia aquela situação devida. Até por orientação foi contratada uma empresa de assessoria ambiental e a partir de então o município teve outro caminho. Tiveram inúmeras mudanças no município”, frisou Révia.

O prefeito José Maria também relatou as dificuldades iniciais do novo programa. “Vi que era uma tarefa difícil. Naquele momento tínhamos duas ações mais graves, que era a recuperação do serviço de saúde e o resgate da educação. Pedi à doutora Révia que nos desse um pouco de tempo, ela foi tolerante, compreensiva. Desenvolvemos um trabalho sério junto ao SAMAE, Secretaria de Meio Ambiente, Prefeitura e Ministério Público”.

A população ibiporaense vestiu a camisa e contribuiu para que a cidade pudesse se adequar. Cerca de 96% dos munícipes trouxe ao próprio lar a separação disciplinada e consciente de recicláveis, resíduos e orgânicos. “Se a população de Ibiporã não tivesse assumido o projeto, nós não teríamos condições de ter alcançado o que alcançamos”, defendeu o prefeito.

Os frutos deste trabalho vieram com uma premiação a nível nacional, o
 Prêmio 5 de Junho, desenvolvido pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil que visa consagrar as atitudes sustentáveis que promovem ações e debates voltados à implantação, desenvolvimento e melhorias na atuação pública responsável destinada à preservação do meio ambiente.

“Fomos agraciados como o melhor sistema de coleta e destinação final de resíduos sólidos. Nós concorremos com cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e, Ibiporã, pequenininha, 48 mil habitantes, conseguiu ganhar a nível nacional”, frisou Miguel Gardini que foi um dos responsáveis pela inscrição do SAMAE no prêmio.

Ibiporã caminha para uma correta política de gerenciamento de resíduos, mas ainda há algumas atitudes que devem ser tomadas. “Tem a área operacional, a área jurídica, enfim, são diversos seguimentos dentro deste processo. Perante o Ministério Público nós estamos encerrando este procedimento, daqui alguns dias com o Termo de Ajustamento de Conduta em que abrange todo este procedimento. Inclusive a montagem da cooperativa que o Miguel encabeçou como gestor, o encerramento do aterro, a área do DR, a questão dos resíduos da construção civil”, explicou Révia.

Ouça o bate-papo completo nos áudios abaixo, que está dividido em duas partes.


Fonte: Juciellen Ribeiro - Agência Tudo Ibiporã

sábado, 16 de julho de 2011

Coleta seletiva rende prêmio


15/07/2011 -- 00h00

Coleta seletiva rende prêmio

Programa desenvolvido em Ibiporã reduziu de 30 para 5 t por dia o volume do lixo enviado ao aterro
César Augusto
Recolhimento do material obedece um cronograma; três caminhões percorrem a cidade diariamente
O município de Ibiporã tem mostrado na prática que é possível criar alternativas para resolver o problema de aterros sanitários superlotados que se tornou um desafio para cidades do mundo todo. O programa de separação e coleta de resíduos desenvolvido na cidade de aproximadamente 48 mil habitantes há três anos, segundo informações da administração, reduziu o volume de rejeitos de 30 para 5 toneladas por dia. 

A iniciativa acaba de ganhar ganhar o 'Prêmio 5 de Junho - Sustentabilidade na Administração Pública: uma prática de valor, respeito e sucesso'. A premiação foi criada pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil, com o objetivo reconhecer e valorizar as práticas socioambientais dos municípios e empresas públicas. 

De acordo com informações do Serviço Municipal de Água e Esgoto (Samae), das 30 toneladas, 60% são lixo orgânico, 30% material reciclável e 20% rejeito. O diretor de Limpeza Pública do Samae, Miguel Gardini, garante que o programa tem a adesão de 96% da população. ''Para envolver os moradores nesse processo, fizemos propaganda e distribuímos panfletos ensinando a fazer a separação em três tipos de lixo: orgânico, reciclável e rejeito'', explica. Gardini diz que a prefeitura também contratou um carro de som para reforçar as informações. ''Além disso, promovemos sessões de teatro em todas as escolas com o objetivo sensibilizar as crianças para que elas convencessem os pais a participar do processo.'' 

Com a ajuda da população, houve uma redução no volume do lixo que era destinado ao aterro sanitário de Ibiporã, que já estava superlotado. ''Antes do programa eram encaminhados ao aterro 30 toneladas de lixo por dia, sendo que 98% deste total eram de material reaproveitável. Hoje esse número caiu para cinco toneladas por dia apenas de rejeito; parte deste material é encaminhada ao aterro e o restante transformado em adubo orgânico. Recebemos cerca de 15 toneladas por mês de adubo que usamos em hortas comunitárias e canteiros da cidade. O restante é comercializado pela Kurika Ambiental '', esclarece Gardini, informando que a empresa é responsável pela coleta e a destinação do lixo - inclusive do reciclável. 

A coleta do material obedece um cronograma que foi impresso em um ímã de geladeira distribuído em todas as residências. ''No ímã tem o dia, a hora e o tipo de lixo que é recolhido'', informa Gardini. Ele explica que a empresa responsável pelo serviço distribui sacos plásticos com cores diferentes para cada tipo de lixo e mantém três caminhões circulando em todas as regiões diariamente para realizar a coleta do material.
Marcos Roman
Reportagem Local

segunda-feira, 11 de julho de 2011

SAMAE ganha prêmio com novo sistema de coleta e separação de lixo


Ibiporã | Premiação
11/07/2011 | 17:39min

SAMAE ganha prêmio com novo sistema de coleta e separação de lixo
A noite de premiação do Prêmio 5 de junho foi realizada em Curitiba, no último dia 07.


Buzeti e Gardini foram à Curitiba receber o prêmio
O novo sistema de coleta e separação de lixo de Ibiporã rendeu ao SAMAE um prêmio a nível nacional. Vencendo a categoriaElaboração de Projetos, subcategoria Melhor Projeto de Destinação de Resíduos Sólidos, do Prêmio 5 de Junho – Sustentabilidade na Administração Pública: Uma Prática de Valor, Respeito e Sucesso a autarquia conquistou reconhecimento ao município e aos cidadãos que colaboram para o sucesso do novo sistema.

Desenvolvido pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil, o prêmio visa consagrar as atitudes sustentáveis que promovem ações e debates voltados à implantação, desenvolvimento e melhorias na atuação pública responsável destinada à preservação do meio ambiente e comprometida com o bem estar das gerações futuras.

A noite de premiação foi realizada na última quinta-feira (07), no Castelo Batel em Curitiba, e contou com a participação dos ibiporaenses Claúdio Buzeti, atual diretor do SAMAE; Nadir Bigati, presidente do SAMAE até março deste ano e, Miguel Gardini, diretor de Limpeza Pública de Ibiporã.

“É um reconhecimento pelo trabalho que nós estamos fazendo na cidade que é modelo tanto no Paraná, quanto no Brasil. Esse prêmio foi de âmbito nacional, Ibiporã concorreu com outras cidades, mas é claro que elas não tinham esta estrutura que nós temos aqui”, comentou Buzeti.

O projeto inscrito pelo SAMAE é intitulado 
Novo Sistema de Coleta e Separação do Lixo de Ibiporã: Solução Ambiental para o Lixo de uma Cidade e foi inscrito por Miguel Gardini, que relatou todos os procedimentos realizados pelo sistema.

“Devido à grande procura por palestras e visitas para conhecer o sistema, surgiu a ideia de procurar algum tipo de premiação nessa área. Procurando, buscando informações, descobri que tinha uma empresa em Curitiba que estava instituindo este prêmio neste ano. Nós realizamos uma resenha, enviamos para a comissão do prêmio e, juntamente com essa resenha, mandamos todo o material, propaganda, relatórios, fotos, vídeos, tudo”, enfatizou Miguel.

Além de um troféu, a instituição ibiporaense recebeu um bonito compendio que reuniu informações sobre os trabalhos inscritos. “Esse compendio contempla todas as categorias do prêmio e todos os trabalhos apresentados, e será distribuído por todo o Brasil, para as empresas, com foco neste setor que é de Meio Ambiente”, explicou.

Ibiporã foi a única cidade paranaense a levar o prêmio. O diretor de Limpeza Pública acredita que o prêmio vai render maior conscientização da população. “Eu penso que vai render mais conscientização para a população porque o prêmio não é do SAMAE, nem da Prefeitura. O prêmio é do cidadão porque é ele que faz a sua coleta separada certinho em casa, capricha ali na separação destes resíduos recicláveis para agregar maior valor, separa certinho o seu orgânico e o seu rejeito. Digo: o prêmio é da população de Ibiporã, ela é a grande premiada nesta história”, finalizou Gardini.

Ouça no áudio abaixo as entrevistas completas com Claudio Buzeti e Miguel Gardini.

Fonte: Juciellen Ribeiro - Agência Tudo Ibiporã

"Sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente" (Rm 8,22).  O gemido da criação aparece, hoje, na degradação ao meio ambiente – catástrofe, terremotos, inundações, aquecimento global ou mudanças climáticas.  No entanto, os gemidos de dor podem ser transformados em gemidos de amor e de esperança.
E por acreditarem que pequenos gestos podem contribuir para esta transformação é que os acadêmicos do 8º período do curso de Administração da Faculdade UNISSA de Sarandi, promoveram no dia 14/06/2011 o “Fórum Ambiental: lixo que vira vida”.

O evento abordou de forma dinâmica a temática do lixo, os problemas socioambientais e atitudes que promovam o desenvolvimento sustentável. Dados estatísticos e custos com a geração e destinação do lixo no Brasil e em especial no município de Sarandi-PR, também foi um dos temas discutidos pelos acadêmicos.

A geração e destinação do lixo são problemas graves em muitos municípios, contudo, medidas educativas podem minimizar e até mesmo erradicar tais problemas. “Em Ibiporã, por exemplo, o volume de resíduos despejados no aterro sanitário municipal que era de 30 toneladas/dia reduziu para 5 toneladas/dia. Essa mudança foi possível após a implantação do programa de separação e coleta do lixo, implantado em 2009”, relatou o gestor operacional do Programa de Coleta Seletiva e diretor de Limpeza Pública do SAMAE, Miguel Gardini, que esteve presente no evento.

O “Fórum ambiental: lixo que vira vida” foi o gesto concreto que os acadêmicos encontraram para disseminar o conhecimento adquirido na disciplina de “Gestão Ambiental e Responsabilidade Social” e contribuir para a promoção da sustentabilidade do planeta.

O evento instigou os participantes a refletirem sobre o seu papel na sociedade, para que cada um seja protagonista da sua história e da transformação social, por meio de atitudes, comportamentos e práticas fundamentados em valores que promovam a vida, a convivência harmoniosa entre desenvolvimento econômico e desenvolvimento sustentável, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania. Clique Aqui para ver a Galeria de Fotos.
Profª. Esp. Shirlene Conceição de Jesus

A única representação do Paraná a receber o prêmio,




Nesta quinta-feira estivemos prestigiando o "Prêmio 5 de Junho - Sustentabilidade na Administração Pública: uma prática de valor, respeito e sucesso" realizado pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil que percebendo a necessidade de fomentar a discussão de medidas voltadas à Sustentabilidade Ambiental na Administração Pública, lançou o prêmio em 2011 visando o reconhecimento e valorização das práticas socioambientais.   

O evento aconteceu no Castelo Batel,construído em 1924 pelo cafeicultor e cônsul honorário da Holanda Luiz Guimarães, foi comprado em 1947 por Moysés Lupion, ex-governador do Paraná, e tombado pelo Patrimônio Histórico no mesmo ano e desde 2003 funciona como local para eventos e festas. Noite agradabilíssima, apesar do frio curitibano, o lugar escolhido para o evento não poderia ter sido melhor, cuidadosamente decorado o Castelo Batel é uma construção eclética e foi inspirada nos castelos franceses do Vale do Loire.

Sentamos à mesa dos simpáticos Antonio Nadir Bigati, Miguel Gardini e Claudio Buzetti que vieram de Ibiporã - região metropolitana de Londrina, cidade cujo nome na língua tupi significa "Terra Bonita". Passamos horas muito descontraídas, a companhia, o jantar e o vinho estavam muito bons e de quebra ouvimos nada mais propício que a canção – 2ª. colocada no Festival MPB-Shell de 1981 –  “Planeta Água” com a qual Guilherme Arantes abriu sua apresentação na noite, levando os convidados por uma viagem no tempo com o seus hits mais conhecidos.

Mas as estrelas da noite sem dúvida foram os projetos participantes, vencedores ou não em suas categorias e falando em vencedores, o pessoal de Ibiporã, com o qual Rogério e eu dividimos mesa, foram só alegria quando ouviram anunciar o projeto “Novo sistema de coleta e separação do lixo de Ibiporã: Solução ambiental para o lixo de uma cidade” como vencedor da Categoria “Elaboração de Projetos” Sub-Categoria “Melhor Projeto de Destinação de Resíduos Sólidos (Aterros Sanitários, Melhor Sistema)”,Miguel Gardini –  Gestor Operacional do Programa de Coleta Seletiva de Ibiporã e Diretor de Limpeza Pública da SAMAE (acesse o link e veja o vídeo) – juntamente com Antonio Nadir Bigati –  ex-prefeito de Ibiporã e diretor presidente do SAMAE até março deste ano –  e Claudio Buzetti –  Secretário de Serviços Públicos, Obras e Transporte de Ibiporã – foram receber o prêmio felicíssimos pelo reconhecimento do trabalho e também por ser a única representação do Paraná a receber o prêmio, nas demais categorias os prêmios foram para São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.

Infelizmente não levei minha máquina fotográfica e por isso não pude registrar o momento da premiação e até a publicação deste post não havia encontrado imagem alguma na net para ilustrar o texto, de qualquer maneira reitero aqui meus votos de sucesso para Homens e iniciativas como as da cidade de Ibiporã e do Instituto Negócios Públicos de Curitiba-PR, pois são projetos e iniciativas como essas que irão salvaguardar o futuro do planeta.
 

Parabéns pelo Prêmio 5 de Junho!

(por Meg Mamede)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Boa vontade para tratar o lixo de forma correta

Jornal de Londrina

Quinta-feira, 5 de maio de 2011

Meio Ambiente

Foto: Antonio Roberto/Ilustrado
Rubens Sampaio, da prefeitura de Umuarama: 30 trabalhadores recolhem 1,5 mil kg de recicláveis por dia na cidade

RECICLAGEM

Boa vontade para tratar o lixo de forma correta

Trabalhos realizados em cidades como Nova Esperança, Ibiporã e Umuarama envolvem a comunidade e se tornam referência nacional
04/05/2011 | 00:07 Marcus Ayres, da Gazeta Maringá, e Osmar Nunes, correspondente em Umuarama








O aumento na geração de resíduos tem causado uma série de problemas em vários municípios do país, tais como a redução da vida útil dos aterros sanitários e o recorrente uso dos “lixões”, que geram prejuízos ao meio ambiente. Neste cenário, algumas cidades do Paraná têm se destacado pelo trabalho realizado com a destinação final do lixo. Em comum, esses projetos buscam envolver a comunidade no processo de conscientização ambiental.

Em Nova Esperança, na Re­­gião Noroeste do estado, desde 2009 todos os moradores devem deixar o material reciclável separado para a coleta, o que reduz a quantidade de resíduos encaminhados ao aterro. Quem desrespeita a norma não tem o lixo removido, medida que teve apoio da Promotoria de Proteção do Meio Ambiente do Ministério Público do Paraná. A Promotoria firmou um termo de ajuste com as empresas da cidade para que elas deem uma destinação correta aos resíduos.
O município tem feito uma campanha de conscientização, com a divulgação de informativos no jornal e na emissora de rádio da cidade e realização de palestras com estudantes e professores da cidade. Com as medidas, a secretária municipal do Meio Ambiente, Adélia Picheck Faganelo, estima que aproximadamente 90% dos moradores da cidade (que tem uma população de 26,5 mil habitantes) separem o lixo.
Exemplos
Veja as iniciativas de três cidades do Paraná que vêm se destacando na coleta seletiva de lixo:
Nova Esperança
- Desde 2009 é feita a separação do material reciclável do lixo comum;
- Quem desrespeita a norma não tem o lixo removido;
- Campanha de conscientização entre a população. Cerca de 90% dos moradores da cidade separam o lixo;
Ibiporã
- Em 2008, a população passou a ser conscientizada para a separação do lixo em três grupos: orgânico (restos de comida), rejeitos (fraldas, papel higiênico, etc) e recicláveis (plástico, vidro, papel, etc);
Umuarama
- Incentivo ao trabalho de educação ambiental em escolas, igrejas e condomínios;
- A coleta seletiva é feita com o auxílio de 30 catadores;
- Em breve, usina de compostagem, orçada em R$ 1,2 milhão, será instalada no município.
Catadores
Para facilitar a separação dos recicláveis, os caminhões que recolhem lixo em Nova Esperança são acompanhados por uma carreta da cooperativa de catadores da cidade, a Cocamare. Todo o material reciclável (cerca de 70 toneladas mensais) é encaminhado para a sede do grupo, que tem 40 trabalhadores.
O terreno da cooperativa foi cedido pela prefeitura, que arca com os custos de energia elétrica, água, motorista, combustível e cestas básicas. No fim do mês, cada catador recebe cerca de R$ 600 no rateio da produção. “Todo esse trabalho é como se fosse uma orquestra. Cada um vai tocando seu instrumento e cuidando para não desafinar”, comparou Adélia. No ano passado o projeto rendeu ao município um prêmio dado pela associação Cempre (Compromisso Em­pre­sarial para a Reciclagem), que homenageia as iniciativas que ampliam e melhoram o processo de coleta seletiva no país.
Separação
Outra experiência que despertou o interesse de municípios (como Rondonópolis, em Mato Grosso, e Limeira, em São Paulo) é o projeto desenvolvido em Ibiporã, cidade com 47,9 mil habitantes no Norte do Paraná. Desde 2008, a população passou a ser conscientizada para a separação do lixo em três grupos: orgânico (como restos de comida), rejeitos (fraldas, papel higiênico, absorventes e papéis sujos) e recicláveis (plásticos, vidros, metais, alumínio, papel e papelão).
A medida foi adotada por causa da ameça de o aterro da cidade ficar sobrecarregado. Segundo o diretor de Limpeza Pública de Ibiporã, Miguel Gardini, o aterro recebia cerca de 30 toneladas de lixo por dia e hoje apenas aproximadamente 5 toneladas diárias.
Atualmente, 60% do material descartado em Ibiporã é reciclado. Outros 20% são lixo orgânico, que passa pelo processo de compostagem e é transformado em adubo. “Apenas 20% de rejeito fica no município, diminuindo o uso do aterro. A vala, que estava com a capacidade quase esgotada, hoje tem espaço para armazenar material por mais um ano e meio tranquilamente”, diz Gardini.
Educação
Em Umuarama, no Noroeste do estado, a meta é reduzir para quase zero o envio de lixo para o aterro sanitário. Para isso, o município de 100 mil habitantes está incentivando o trabalho de educação ambiental em escolas, igrejas e condomínios. A prefeitura também está instalando a usina de compostagem, orçada em R$ 1,2 milhão, na área do aterro.
Mesmo sem a conclusão da usina de compostagem, o município já faz o trabalho de coleta seletiva, por meio da cooperativa de catadores da cidade. Segundo o diretor da Divisão de Meio Ambiente da prefeitura de Umuarama, Rubens Sampaio, o grupo de 30 trabalhadores recolhe atualmente cerca de 1,5 mil kg de lixo reciclável por dia, em dez bairros. Até o fim deste ano, a prefeitura pretende do­­brar a equipe de trabalho e ampliar a coleta para todo o município. A meta é reduzir quase a zero o envio de lixo para o aterro sanitário.
Moradores que não separam devem ser penalizados, diz MP
O promotor Sérgio Luiz Cardoni, do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Proteção ao Meio Ambiente, do Ministério Público do Paraná (MP-PR), defende que medidas como as adotadas em Nova Esperança, onde o morador que não faz a separação adequada deixa de ter o lixo removido, sejam adotadas em todo o Paraná. “O Ministério Público está disposto a levar essa situação para ser discutida em outras cidades. Vamos conversar com os prefeitos”, diz.
Na opinião da professora de Engenharia Ambiental da Ponti­fícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) Patrícia Sottoriva, as experiências positivas no tratamento dos resíduos sólidos podem ser levadas para outros municípios, mas os resultados só serão positivos quando as grandes cidades criarem estruturas para agregar empresas de reciclagem.
“Hoje, a logística é o desafio, porque as grandes recicladoras estão em São Paulo e Minas Gerais. É necessário que os maiores municípios do estado se organizem para atrair esse tipo de empresa, criando polos de reciclagem”, diz Patrícia, que é doutora em gerenciamento de resíduos sólidos. “Aliado a isso, as cidades de pequeno porte devem fazer o gerenciamento dos seus resíduos e comercializar os materiais com as recicladoras. Isso facilitaria o trabalho e reduziria os custos.”
As experiências realizadas em Nova Esperança, Umuarama e Ibiporã foram debatidas no fim de abril durante o Fórum Municipal Lixo e Cidadania, em Sarandi, no Norte do estado. Segundo o prefeito Carlos de Paula, a prefeitura de Sarandi pretende reduzir os custos com a coleta de lixo, que hoje é feita por uma empresa terceirizada. Atualmente, o município paga cerca de R$ 250 mil mensais para que 45 toneladas de lixo sejam depositadas no aterro da cidade.