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Para dar um destino correto ao lixo, conforme determina a lei nacional de resíduos sólidos, e garantir qualidade de vida , moradores de Ibiporã,no Paraná decidiram agir.O município com 48 mil habitantes mantem alma do interior.E quando o assunto é o tratamento do lixo fica anos à frente de muita cidade grande.
Em 1985 ,os moradores de Ibiporã acordaram para necessidade de separar o lixo. A Usina de reciclagem, uma das primeiras da regiao, funcionou durante 18 anos e depois foi abandonada. Em 2009,a coleta seletiva recomeçou e mobilizou quase 100% das casas. uma cidade inteira unida por causa da falta de espaço.
Entrevista Miguel Gardini-Diretor de Limpeza Pública de Ibiporã/Estado do Paraná:
"O aterro foi feito para durar 15 anos, durou 3 anos porque não havia coleta seletiva de qualidade, não havia trabalho de educação ambiental."
O esgotamento do aterro gerou uma nova atitude dos moradores com o suporte da educação ambiental por uma empresa especializada no assunto.
Entrevista com Fábio Cavazzotti- jornalista e educador ambiental:
"Nós batemos de porta em porta levando material, treinando pessoal de cursos técnicos de meio ambiente, levando o cronograma da coleta, panfletos que explicavam qual o tipo de resíduio a pessoa passaria a separar e teatro nas erscolas trabalhamos muito com crianças.
Na casa de dona Geralda casca de legumes, restos de alimentos tem lugar certo.O lixo orgânico e os materiais recicláveis são separados .
Cada residência ganhou um imã de geladeira. Ali são indicados os dias de coleta de lixo durante a semana. Hoje das 30 toneladas produzidas diariamente pela população apenas 5 mil quilos vão parar no aterro sanitário.As 25 toneladas restantes são transferidos para essa empresa em londrina,que recicla o material.Trabalho duro feito por gente como Maria.A ex-catadora aprendeu que é possível gerar dignidade a partir do lixo.
Entrevista com Maria das Graças Bispo- trabalhadora de Usina de Reciclagem:
"Quase nada é perdido. Orgânico vira adubo. latinha vem em forma de outra coisa para a sua mesa. vidro é limpo, esterilizado e volta pra sua mesa. Papel vira outra coisa. caixa de leite vira telha, pet vira vassoura. Só falta a gente ter mais consciência do que nós estamos fazendo com a Terra."
Mãos cuidadosas separam o orgânico na usina. Montanhas de resíduos são acumuladas na compostagem. Em 3 meses, o que era resto está pronto para nutrir o solo. 50 toneladas de adubo por dia.
Entrevista com Fernando Oliveira-gerente da Usina de Reciclagem:
"Isso é o futuro.É o que a gente vê como futuro. Tudo o que era enterrado gerava chorume, um passivo ambiental muito grande. Hoje volta para a sociedade de outra forma."
Adubo que alimenta plantas e árvores das praças de Ibiporã.
Entrevista com José Maria Ferreira- prefeito de Ibiporã-Paraná:
"Nós não só economizamos a questão da matéria prima em si, mas nós economizamos energia, trasporte, menos poluição.Tudo é mitigado em função da coleta seletiva."
fonte: texto sitio da Tv Cultura- Fundação Padre Anchieta;
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